A gestão de frotas é uma engrenagem bastante complexa onde cada peça deve funcionar em perfeita sincronia. Nesse cenário, se há um fator que consistentemente separa as operações de sucesso daquelas que apenas sobrevivem, é a manutenção de veículos.
Em um mercado de margens apertadas e alta competitividade, a diferença entre o lucro e o prejuízo muitas vezes reside na capacidade de manter os veículos rodando com máxima eficiência e o mínimo de interrupções.
É aí que o controle rigoroso da manutenção preventiva e corretiva se estabelece como uma metodologia indispensável para transformar uma despesa inevitável em uma poderosa vantagem competitiva.
- Sendo assim, o que o gestor pode fazer para garantir que sua frota não seja vítima de despesas inesperadas e gastos surpresa?
A resposta começa com o entendimento claro dos dois pilares da gestão de manutenção. Saiba mais no artigo abaixo!
Manutenção preventiva e corretiva: qual a diferença?
Para sair do achismo e entrar no controle total, o gestor de frotas precisa dominar a distinção entre os dois tipos de manutenção que regem a vida útil de seus ativos.
Abaixo, vamos falar mais sobre a manutenção corretiva e preventiva, suas características, e a função de cada uma delas nas empresas:
O que é manutenção corretiva na frota?
A manutenção corretiva é a mais conhecida e, ao mesmo tempo, a mais indesejada. Na prática, é a reação a uma falha ou avaria que já ocorreu.
- Por exemplo: o pneu que estoura, o motor que superaquece na estrada ou o carro que para no meio de uma entrega urgente.
O modelo é puramente reativo e, embora seja necessário em emergências, é o grande vilão da saúde financeira e operacional da frota.
Manutenção preventiva: o que é e para que serve?
A manutenção preventiva, por outro lado, é a ação programada. Ela consiste em inspeções, ajustes, lubrificação e substituições de peças realizadas em intervalos definidos, seja por tempo, quilometragem ou horas de uso.
Seu objetivo é simples: antecipar o problema e evitar que a falha ocorra.
- Ou seja: enquanto a corretiva conserta o que quebrou, a preventiva garante que nada quebre.
Calculando o custo da manutenção na frota
O custo da manutenção é um dos principais componentes das despesas operacional de uma frota, e a forma como ele é gerenciado tem um impacto direto no resultado final da empresa.
Estudos de gestão de ativos e manutenção industrial são categóricos: uma intervenção corretiva de emergência pode custar até 3 a 5 vezes mais do que a mesma intervenção realizada de forma planejada e preventiva.

Isso acontece porque a corretiva envolve o custo da peça e também a mão de obra. Além disso, ela carrega consigo uma série de custos ocultos e indiretos que corroem a margem de lucro:
- Custo de inatividade (Downtime): O veículo parado não gera receita. O tempo de espera por um guincho, o diagnóstico demorado e a busca por peças de reposição podem significar dias de faturamento perdidos.
- Danos colaterais: Uma peça que falha raramente quebra sozinha. Um rolamento que trava pode danificar o eixo, um filtro sujo pode forçar o motor, transformando um reparo simples em uma reforma complexa e cara.
- Custos logísticos adicionais: É preciso acionar um veículo reserva, pagar fretes emergenciais ou arcar com multas por atraso na entrega.
Ao investir em um programa de manutenção preventiva, as empresas conseguem reduzir os custos totais de manutenção em até 18%, com alguns casos de sucesso reportando uma redução de até 30%, de acordo com uma pesquisa da McKinsey & Company.
Mais do que isso, a prevenção aumenta a confiabilidade operacional, com frotas bem geridas experimentando 30% a 50% menos falhas não planejadas, na perspectiva do mesmo estudo.
Controle de manutenção na frota: como fazer?
A teoria é clara, mas a prática exige disciplina e as ferramentas certas. Para transformar a manutenção de um centro de custo em um centro de eficiência, vale a pena implementar um conjunto de estratégias integradas:
Crie um plano de manutenção baseado em dados:
Não confie apenas na quilometragem.
O plano deve ser dinâmico e considerar o tipo de veículo, a severidade da operação (terrenos acidentados, tráfego intenso) e as recomendações do fabricante.
Utilize a tecnologia a seu favor:
A era da planilha de papel para registrar a vida do veículo é coisa do passado. Vale a pena usar sistemas tecnológicos de telemetria:
- Monitoramento em tempo real: Acompanhe o desempenho do veículo e do motorista. Dados sobre acelerações bruscas, excesso de rotação e frenagens indicam a necessidade de intervenções antes que o dano se manifeste.
- Alertas automatizados: O sistema deve notificar o gestor e o motorista quando a data ou quilometragem da próxima revisão estiver próxima, eliminando o risco de esquecimento.
- Histórico centralizado: Mantenha um registro completo de cada intervenção, peça trocada e custo associado, permitindo análises preditivas sobre a vida útil dos componentes.
Invista no treinamento dos motoristas
Os motoristas são a peça-chave. Seus hábitos ao volante têm um impacto direto no desgaste do veículo.
A condução eficiente (evitar acelerações e frenagens bruscas, respeitar o tempo de troca de marchas) economiza combustível e prolonga a vida útil de pneus, freios e motor.
Checklist da manutenção preventiva: o que analisar?
Para garantir que o plano de manutenção preventiva seja completo, o checklist de inspeção deve englobar todos os sistemas críticos do veículo. Vale lembrar que a negligência em um único item pode comprometer todo o esforço de prevenção.
Com isso em mente, veja abaixo os elementos a avaliar em processos de revisão:
- Sistema de freios: Verificação do nível e qualidade do fluido, espessura das pastilhas e lonas, estado dos discos e tambores. O freio é o principal item de segurança e seu desgaste é diretamente proporcional à segurança da operação.
- Pneus: Calibragem (conforme especificação do fabricante), profundidade dos sulcos (Tread Wear Indicator – TWI), alinhamento e balanceamento. Pneus descalibrados aumentam o consumo de combustível e o risco de acidentes.
- Fluidos e lubrificantes: Nível e estado do óleo do motor, fluido de transmissão, fluido de arrefecimento e fluido da direção hidráulica. A troca no prazo correto é o que garante a longevidade do motor.
- Sistema de suspensão: Inspeção de amortecedores, molas, buchas e bandejas. A suspensão em mau estado compromete a dirigibilidade e acelera o desgaste de outros componentes.
- Sistema elétrico e iluminação: Verificação da bateria, alternador, faróis, lanternas, luzes de freio e setas. Um sistema elétrico falho pode levar a problemas de partida e comprometer a segurança noturna.
- Filtros: Troca do filtro de óleo, filtro de ar e filtro de combustível. Filtros sujos forçam o motor a trabalhar mais, elevando o consumo e diminuindo a potência.
Como você já deve ter percebido, a manutenção de frotas não deve ser encarada como um custo, mas sim como um investimento estratégico.
Logo, apostar na prevenção é garantir que seus veículos estejam sempre disponíveis, que seus custos operacionais sejam previsíveis e que sua empresa cumpra seus compromissos com segurança e pontualidade.
No mercado, a terceirização de frotas com empresas que já possuem um rigoroso controle de manutenção embarcado é a forma mais rápida de transformar essa gestão em um diferencial competitivo.
Em Minas Gerais, a Lokamig é referência para locação de veículos para empresas, com mais de 40 anos de tradição e expertise em manter frotas rodando com máxima eficiência.
