Em plena era da informação digital, quando o assunto é segurança, não podemos deixar de lado os investimentos tecnológicos. Para oferecer seguridade e comodidade, o setor automobilístico tem apostado cada vez mais nessa frente.
As tecnologias anti-sono são exemplos que comprovam como a união desses aspectos pode revolucionar um mercado em constante evolução.
As maiores empresas do setor estão desenvolvendo sistemas complexos e práticos, capazes de tentar impedir que o motorista durma enquanto está dirigindo. Cada marca tem o seu próprio programa e promessas.
O objetivo deste artigo é mostrar para você uma visão geral sobre as tecnologias anti-sono, ressaltando os benefícios de utilizá-las em seu negócio. Vamos lá?
O que são as tecnologias anti-sono e como usar?
Como você deve saber muito bem, os acidentes ocasionados pelo cansaço e fadiga são cada vez mais comuns. Infelizmente, muitos condutores são obrigados a permanecer atrás do volante durante longas horas em dias estressantes ou ao longo da noite.
Para impedir o número de mortes resultadas pelos poucos segundos em que um motorista pode, sem perceber, fechar os olhos de tanto cansaço, as tecnologias anti-sono foram criadas como um sistema de análise comportamental.
De acordo com os deslocamentos do carro, como oscilações laterais, a inteligência mecânica implantada no automóvel pode “captar” o estado de cansaço do motorista e emitir algum sinal para mantê-lo longe de problemas com o sono.
Trata-se de uma inovação desenvolvida com foco nas pessoas, com grande potencial para prevenir acidentes e tornar as vias mais seguras
Existe um assento anti-sono?
Sim. A poltrona automotiva anti-sono foi desenvolvida para diminuir o risco de acidentes, sobretudo com motoristas profissionais.
Essa tecnologia é pioneira devido aos engenheiros e pesquisadores da fabricante de ônibus Marcopolo, do Centro Multidisciplinar de Sonolência e Acidentes (CEMSA) e da Woodbridge, produtora de espuma para assentos automotivos.
Equipada com dois pares de dispositivos de distração mecânica e fisiológica, a poltrona é movida por comandos acionados por um aplicativo móvel, que se comunica via Bluetooth. Esses instrumentos são:
- assento vibratório;
- manta térmica de aquecimento;
- sistema de refrigeração;
- alto-falantes para mensagens.
Conhecido como Assento Anti-sono, o banco pode prolongar o estado de alerta e atuar nas fases de sonolência e fadiga de quem conduz veículos pesados.
De que outras formas é possível encontrar as tecnologias anti-sono?
Existem várias outras maneiras de conseguir vertentes dessa tecnologia em sistemas desenvolvidos para resguardar os motoristas. A seguir, listaremos algumas dentre as mais comentadas. Acompanhe.
Boné anti-sono
Ciente de que um segundo de distração ao volante pode significar um grave acidente, a Ford desenvolveu um boné capaz de alertar os caminhoneiros com sinais sonoros, luminosos e por vibração.
É isso mesmo. O Boné Alerta tem a forma idêntica a um boné comum, porém é equipado com um acelerômetro posicionado na lateral.
Depois de calibrar o sensor, notando os movimentos normais da cabeça, o item está pronto para emitir alertas diante de ameaças.
Se a cabeça do motorista pender para um lado ou para frente em pré-relaxamento, é o suficiente para que o chapéu vibre, emita um som e pisque. Não parece incrível?
Caminhões
O que fazia parte apenas da frota de caminhões em países desenvolvidos já passou a ganhar presença no Brasil por mais de uma década.
A tecnologia anti-sono nos veículos pesados tem evoluído na mesma velocidade que a dos carros de passeio.
Além de computadores de bordo e sensores que avisam se o motorista está sonolento ou fora da faixa da estrada, há também sistemas mais avançados que bloqueiam a partida se o condutor estiver alcoolizado.
Dentre as primeiras empresas que se preocuparam em trazer as tecnologias anti-sono para o país estão a Mercedes e as Volkswagen, tropicalizando o que existe de melhor no exterior.
Carros
Em carros de passeio, o avanço não poderia ser diferente. A Lexus e a Saab são exemplos de grandes marcas que inseriram câmeras e sensores em seus veículos, monitorando a posição e angulação exata da cabeça do motorista enquanto o carro está em movimento.
Já a Volvo consegue acompanhar a posição do carro em relação às faixas da estrada, fazendo correções automáticas e avisando o motorista.
Além da câmera colocada em cima do volante, compondo o sistema conhecido como “Driver Monitoring System” desde 2006, a Toyota conta com o apoio de sensores infra-vermelho.
ASP
Para quem acha que o investimento em tecnologias anti-sono está além do que o bolso pode garantir, é possível encontrar dispositivos úteis por muito menos.
É o caso do Anti Sleep Pilot (ASP), um produto capaz de monitorar o grau de fadiga do motorista.
Esse pequeno aparelho fica no painel do carro a fim de medir a sua velocidade e trajetória para que o condutor não perca a concentração.
O motorista precisa tocar o dispositivo sempre que um alarme soar. Se o ASP entender que não é possível que o motorista continue a viagem, ele acionará um alarme informando que é hora de descansar.
Além de ser portátil e compatível com qualquer automóvel, o Anti Sleep Pilot já possui até mesmo aplicações para iPhone e iPad com características similares.
Em alguns carros da Mercedes-Benz, a tecnologia do ASP surge de forma ainda mais potente. Neste caso, o dispositivo monitora 70 parâmetros seguidos pelo motorista. Para analisar as condições do condutor, esse acompanhamento inclui até mesmo a maneira como o carro está sendo freado e o ângulo de giro do volante.
Em relação ao Anti Sleep Pilot, a vantagem dessa tecnologia da Mercedes-Benz (conhecida como Attention Assist) é que ela possibilita a correção da trajetória do veículo, inclusive, freando em casos de extrema urgência.
Os maiores avanços estão disponíveis nos veículos mais caros. No entanto, a inteligência dos sistemas tem se mostrado cada vez mais acessível.
Nem é preciso dizer o quanto as pessoas andam cada vez com mais estresse, dormindo cada vez menos. Nessa realidade, as tecnologias anti-sono são uma preciosidade.
Afinal de contas, o transporte depende de uma pessoa com as mãos no volante, e é preciso considerar diversos fatores que interferem no bem-estar do condutor.
