A gestão de frotas é uma tarefa complexa, repleta de desafios que vão desde a logística de rotas até a manutenção preventiva dos veículos.
No entanto, se há um fator que consistentemente desgasta o capital e a eficiência de uma operação, é o custo com combustível.
Em um cenário de preços voláteis e margens apertadas, abastecer sem pensar não é mais uma opção.
A partir de tudo isso, a gestão de combustível surge como a metodologia indispensável para transformar essa despesa em uma vantagem competitiva.
Mas, afinal de contas, o que é preciso fazer para fazer uma gestão de combustível que realmente funcione?
Continue lendo para conhecer as melhores práticas, descobrir dicas de economia e entender como a tecnologia pode ser sua maior aliada na hora de administrar sua frota!
Qual a importância da gestão de combustível?
De acordo com uma pesquisa da revista Exame, o combustível pode representar até 40% dos custos operacionais de uma frota.
Por si só, esse dado já justifica a atenção dedicada ao tema. O que muita gente não reconhece é que a gestão de combustível vai muito além da simples redução de despesas.
Ela é a chave para:
- Redução de custos diretos: Monitorar o consumo em tempo real e eliminar o desperdício é o caminho mais rápido para economizar.
- Aumento da eficiência operacional: Uma gestão otimizada garante que os veículos façam mais em menos tempo, com um uso inteligente dos recursos.
- Sustentabilidade e ESG: Ao reduzir o consumo, sua empresa contribui diretamente para a redução das emissões de carbono (o etanol, por exemplo, pode reduzir as emissões de CO₂ em até 90% em comparação à gasolina), alinhando-se às práticas de ESG (Environmental, Social and Governance).
- Extensão da vida útil dos veículos: Hábitos de condução mais suaves e a manutenção em dia diminuem o desgaste da frota.
Quais as melhores práticas para gestão de combustível?
Para sair do achismo e entrar no controle total, vale a pena implementar um conjunto de estratégias integradas na gestão de combustível.
E para deixar tudo ainda mais prático, vamos listar abaixo as melhores práticas nesse sentido:
Monitoramento e telemetria
A era da planilha de papel para registrar o abastecimento e o nível de combustível dos veículos é coisa do passado.
Hoje, a tecnologia é o seu maior diferencial:
- Monitoramento em tempo real: Utilize sistemas de telemetria que fornecem dados a cada segundo sobre o modo de condução dos motoristas (acelerações bruscas, excesso de velocidade, tempo em marcha lenta).
- Roteirização inteligente: Softwares de roteirização consideram variáveis como trânsito e tipo de via para garantir que seus motoristas sigam trajetos otimizados.
- Controle de abastecimento: Sistemas de gestão de frotas ajudam a evitar fraudes e a garantir que os abastecimentos sejam feitos nos locais e com os volumes corretos.
Checklist de manutenção
Um veículo mal cuidado é um veículo que bebe demais. Nesse contexto, a manutenção preventiva e o checklist da frota é um pilar da economia de combustível.
Veja abaixo o que analisar nesse checklist:
- Pneus calibrados: Pneus com pressão abaixo da recomendada aumentam a resistência ao rolamento, elevando o consumo em até 20%. Recomendamos verificar a calibragem a cada semana.
- Troca de filtros e óleo: Filtros de ar sujos e óleo vencido comprometem o desempenho do motor, forçando-o a trabalhar mais e, consequentemente, gastar mais combustível.
- Alinhamento e balanceamento: Problemas nesses componentes também geram maior esforço do motor e desgaste irregular dos pneus.
Treinamento e conscientização dos motoristas
Os motoristas são a peça-chave para a administração de qualquer frota. Seus hábitos ao volante têm um impacto direto e imediato no consumo e, da mesma forma, na gestão de combustível.
Por isso, é interessante investir nas práticas de direção defensiva e econômica, como:
- Evitar acelerações e frenagens bruscas, dirigindo com uma velocidade constante.
- Utilizar a redução de marchas nas descidas, em vez de manter o pé na embreagem ou no freio.
- Não deixar o veículo ligado parado por longos períodos. Um motor em marcha lenta consome combustível sem gerar produtividade.
- Criar programas de incentivo para os motoristas que demonstrarem o melhor desempenho em economia de combustível.
Álcool ou gasolina: como escolher na gestão de frota?
Para frotas que usam veículos flex, surge a dúvida: álcool ou gasolina? A resposta é puramente matemática e depende também da sua região.
O etanol possui uma densidade energética menor que a gasolina, o que significa que o motor precisa queimar mais etanol para gerar a mesma potência.
Em geral, o veículo fará, em média, 30% menos quilômetros com etanol do que com gasolina.
Álcool vs. Gasolina: cálculo passo a passo
Para saber qual é mais vantajoso, basta dividir o preço do litro do etanol pelo preço do litro da gasolina.
- Resultado menor que 0,70 (ou 70%): O etanol é mais vantajoso.
- Resultado maior que 0,70 (ou 70%): A gasolina é a melhor opção.
Exemplo prático (Baseado em dados de out/2025):
- Preço Médio Gasolina: R$ 6,38/litro
- Preço Médio Etanol: R$ 4,45/litro
Cálculo: R$ 4,45 ÷ R$ 6,38 = 0,697 (ou 69,7%)
Neste cenário, o etanol seria a opção mais econômica, além de ser a mais sustentável.
FAQ: Gestão de combustível na frota
Para fechar, reunimos as dúvidas mais comuns que surgem sobre a gestão de combustível para veículos de frota. Confira:
O ar-condicionado ligado gasta muito combustível?
Sim, o uso do ar-condicionado exige mais do motor e pode aumentar o consumo em até 10% a 20%.
Em velocidades baixas, é mais econômico manter o ar-condicionado ligado do que abrir os vidros, pois a resistência aerodinâmica gerada pelos vidros abertos pode consumir mais energia.
Já em velocidades de rodovia, o ar-condicionado é geralmente a opção mais eficiente.
O que é condução eficiente?
Condução eficiente é um conjunto de técnicas de direção que visam a máxima economia de combustível e a redução do desgaste do veículo.
Inclui manter a velocidade constante, evitar o excesso de peso, trocar as marchas no tempo certo (sem esticar demais o giro do motor) e planejar as rotas para evitar congestionamentos.
Como a falta de controle de manutenção afeta o consumo?
A falta de manutenção preventiva é uma das maiores vilãs do consumo.
Um motor desregulado, velas de ignição desgastadas, bicos injetores sujos ou pneus descalibrados fazem com que o motor precise de muito mais combustível para realizar o mesmo trabalho, gerando um desperdício constante.
Vale a pena usar aditivos no combustível?
Aditivos de boa qualidade podem ajudar a manter o sistema de injeção limpo e a otimizar a queima do combustível.
No entanto, o uso deve ser orientado pelo fabricante do veículo ou do aditivo.
O mais importante é sempre abastecer em postos de confiança para garantir a qualidade do combustível base (gasolina ou etanol).
Como você já deve ter percebido, a gestão de combustível não deve ser encarada como um custo. Pelo contrário: é um investimento na saúde financeira e operacional da sua frota.
E para deixar essa frota ainda mais saudável, vale a pena contar com o apoio de uma boa empresa de terceirização. No mercado mineiro, a Lokamig é referência para locação de veículos para empresas, com mais de 40 anos de tradição e expertise.
